Prendas

A M. fez há pouco tempo uma feridinha num tornozelo. Não foi da presilha da sandália. A brincar no recreio, com os amigos, lá deve ter raspado com o tornozelo não chão e levantou um bocadinho de pele.

Depois dos respectivos curativos e pintalguices de Eosina (que é o que substitui agora o Mercurocromo usado 'no nosso tempo') lá a convenci a prescindir do pensinho-rápido da praxe (com o Piglet, claro) porque "a ferida precisava de apanhar ar para secar", expliquei.

Ontem, qual troféu valioso e cuidadosamente guardadinha no bolso da saia trazia uma prenda para mim... a crosta da ferida.

Coisa pequenita, redonda, do tamanho da minha unha do dedo mindinho mas que eu dispensava.

-Toma mãe, já apanhou todo o ar...